O projeto de restauração e requalificação da Fazenda do Registro Velho teve como premissa a recuperação desta edificação emblemática da história regional, com a adequação a uma nova ocupação de cunho sócio-cultural. O Museu do Registro, novo uso proposto para a antiga Fazenda, induziu uma intervenção de caráter multifuncional, onde a flexibilidade e a reversibilidade foram as características almejadas.
A sede da Fazenda – mesmo protegida por tombamento – encontrava-se em estado de conservação precário e demandava intervenções urgentes, mas muitos elementos não possuíam condições de consolidação. Acatando diretamente às premissas do IPHAN em Minas, a proposta do Museu mantém a percepção original do bem cultural, ao mesmo tempo em que cria espaços que atendem às demandas museológicas contemporâneas.
Optou-se por deixar parte do baldrame aparente para valorizar a técnica construtiva e potencializar percursos e sensações dos visitantes. Um espaço de exposição foi criado no nível do antigo porão, limitado pelo próprio baldrame aparente e por uma nova passarela metálica.
No pátio interno, as vedações em vidro permitem a permanência da leitura original da volumetria. Já o pergolado em madeira, independente da estrutura da casa, possibilita a articulação entre os espaços, estabelecendo novas relações de uso e ocupação do imóvel. A pavimentação, que daí parte, circunda o Museu e traz um caráter de continuidade.